De acordo com dados preliminares do Censo de Confinamento divulgados pela empresa de nutrição animal, o número de bovinos em confinamento no Brasil deve atingir 7,379 milhões, representando um aumento de 2,5% em relação ao ano anterior. O gerente técnico da empresa destacou que este número reflete as intenções de confinamento no país, com envios de gado para terminação intensiva já iniciados no mês passado.

A queda nos preços do milho e farelo de soja, importantes insumos para a ração animal, é um dos fatores que impulsionam a adoção do confinamento, juntamente com a condição desfavorável das pastagens durante períodos frios e secos. Essa redução de custos aliada à necessidade de otimização do espaço nos pastos impulsiona a escolha pelo confinamento como alternativa.

Os cinco estados com maior volume de bovinos confinados devem ser Mato Grosso, São Paulo, Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, representando juntos a maior parte do gado confinado no país. Destaca-se que Mato Grosso é o estado que mais vem crescendo nessa prática, embora os números precisos não tenham sido detalhados.

Apesar de a proporção de fêmeas enviadas para confinamento ainda ser menor que a de machos, esse cenário está mudando gradualmente desde 2022, indicando uma fase específica do ciclo pecuário. No entanto, essa dinâmica pode resultar em uma redução na oferta de bezerros nos próximos anos.

Os dados de produtividade do Tour de Confinamento mostram que, em média, os bovinos ganharam 7,95 arrobas em 103 dias de terminação intensiva, com um retorno sobre o investimento (ROI) de 6,69%. Esses números indicam uma vantagem econômica significativa para os produtores que adotam o confinamento como prática de manejo.