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La Niña em 2024: Previsões e impactos climáticos no Brasil e no mundo

Com o fim do El Niño, o fenômeno La Niña está prestes a se manifestar, trazendo preocupações globais e no Brasil devido às suas influências nas chuvas e temperaturas. Entenda melhor como funciona e quais são os impactos esperados durante sua atividade.

18/06/2024 às 07h00
Por: Carlos Freitas Fonte: Redação
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La Niña em 2024: Previsões e impactos climáticos no Brasil e no mundo/Créditos de imagem NOAA
La Niña em 2024: Previsões e impactos climáticos no Brasil e no mundo/Créditos de imagem NOAA

Com o fim do El Niño, o fenômeno La Niña está prestes a se manifestar, trazendo preocupações globais e no Brasil devido às suas influências nas chuvas e temperaturas. Entenda melhor como funciona e quais são os impactos esperados durante sua atividade.

Durante o La Niña, ocorre uma anomalia negativa de temperatura de -0,5 °C ou menos nas águas superficiais do Pacífico Equatorial central e leste, persistindo por pelo menos cinco trimestres consecutivos para sua confirmação oficial. Este fenômeno, oposto ao El Niño, é conhecido por alterar significativamente o clima global.

Os efeitos climáticos da La Niña são bem definidos: chuvas tendem a diminuir na região Sul do Brasil enquanto aumentam no Norte e Nordeste. No Sudeste e Centro-Oeste, há o risco de períodos frios com temperaturas abaixo da média histórica. Segundo Patrícia Cassoli, meteorologista da Climatempo, durante o último período de La Niña, ativo entre 2020 e 2023, esses padrões foram observados.

Um dos aspectos marcantes da La Niña é o atraso no início do período úmido no Brasil, previsto para agosto e setembro, especialmente no Sudeste, Centro-Oeste e Norte, embora abaixo da média histórica. No Sul, espera-se uma redução nos períodos de instabilidade, como as chuvas intensas que recentemente causaram enchentes.

Vai ter La Niña em 2024?

Sim, a previsão indica que o Oceano Pacífico permanecerá em neutralidade até setembro, quando se espera o início da temporada de La Niña. De acordo com a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), há 65% de chances de o fenômeno entrar em atividade neste inverno, entre julho e setembro.

A especialista consultada pela Globo Rural também aponta que os modelos meteorológicos atuais não oferecem uma clara visão das implicações do La Niña. Patrícia Cassoli explica que isso se deve à configuração ainda incipiente do fenômeno. "A atmosfera leva um tempo para responder à mudança de padrão. Os efeitos do La Niña devem começar a ser sentidos mais para o fim do inverno e, principalmente, a partir da primavera", complementa.

Relembre a última passagem da La Niña

O último episódio de La Niña ocorreu entre setembro de 2020 e março de 2023, trazendo diferentes impactos pelo Brasil. No Sul, por exemplo, a escassez de chuvas afetou a irrigação das lavouras, especialmente do milho e da soja, resultando em perdas significativas. A Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS) estimou prejuízos de R$ 36 bilhões devido à estiagem na safra de 2022.

No Sudeste, a seca também teve impactos severos em diversas culturas e no abastecimento de água para consumo humano. Por outro lado, o Centro-Oeste enfrentou recordes de queimadas devido à baixa umidade, enquanto algumas áreas da mesma região lidaram com volumes intensos de precipitação. Em estados como o Mato Grosso, as plantações de grãos foram afetadas por seca, resultando em problemas como morte de plantas e redução do rendimento, conforme relatório da Defesa Civil local.

Por outro lado, no Norte e no Nordeste, ocorreram episódios de chuvas intensas, aumentando o fluxo dos rios e contribuindo para inundações em comunidades ribeirinhas, deslizamentos de terra e proliferação de mosquitos.

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