Pecuaristas do interior de São Paulo estão adotando a técnica de criação de gado por confinamento, onde os bois são mantidos em um local específico e recebem alimentação controlada. Essa prática tem mostrado eficiência na redução do ciclo de abate. Para obter bons resultados, é fundamental que o manejo dos animais seja bem conduzido.

A alimentação dos bois é cuidadosamente trabalhada, fornecendo todos os nutrientes necessários para o desenvolvimento, algo que seria difícil de conseguir apenas com o pasto. Renato Lenharo, pecuarista com 2,5 mil cabeças, afirma que essa modalidade agrega valor à produção, permitindo abates anuais.

Embora a técnica de confinamento não seja barata, os pecuaristas conseguem retorno financeiro. O controle da dieta e a redução do estresse são essenciais para o bom desenvolvimento dos animais. Renato Lenharo cuida de todo o processo de saúde dos bois em sua fazenda, desde a chegada até o abate. Animais doentes são isolados para tratamento, evitando a contaminação dos demais.

Franciele Munhoz, pecuarista de Platina (SP), utiliza essa técnica há 20 anos em sua produção de 3,5 mil cabeças. Ela destaca que, no pasto, os bois levariam cerca de 250 dias para atingir o peso de abate, enquanto no confinamento, esse período é reduzido para apenas 90 dias.