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O preço da soja no mercado interno brasileiro mantém-se firme, impulsionado pela alta do dólar, conforme informações do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). No entanto, a expectativa de estoques elevados limita a valorização do grão no país.
Segundo o Cepea, poucos agentes estão ativos no mercado spot, com consumidores abastecidos para o médio prazo e produtores evitando vender grandes volumes. A valorização do dólar frente ao real atrai investidores para o Brasil. Na segunda-feira (1º de julho), o dólar registrou a quinta sessão consecutiva de alta no mercado cambial brasileiro, fechando a R$ 5,65, refletindo incertezas na política econômica nacional.
No mesmo dia, a soja na bolsa de Chicago subiu 0,78% no vencimento de julho de 2024, fechando a US$ 11,59 por bushel. O contrato para agosto teve alta de 1,1%, ajustando-se para US$ 11,46. Levantamento do Valor Data indica uma baixa acumulada de 5,82% no mês de junho. Entretanto, o indicador do Cepea, com base no porto de Paranaguá (PR), acumulou alta de 1,56% em junho, com o valor da saca de 60 quilos atingindo R$ 140,23 na segunda-feira.
A greve das indústrias esmagadoras de soja na Argentina pode redirecionar a demanda internacional para o Brasil, reforçando a retração de agentes no mercado interno. Em outras regiões do Brasil, a saca de soja varia de R$ 118 a R$ 141,50. Nos portos de Santos (SP) e Rio Grande (RS), a soja é cotada a R$ 141,50 e R$ 141, respectivamente.
João Birkhan, CEO da Sim Consult, avalia que o mercado interno de soja tem potencial para valorização nos próximos meses devido ao forte ritmo das exportações. A demanda aquecida pode suportar as cotações internas, com perspectivas positivas baseadas no dólar e na demanda dos exportadores.
Segundo a Sim Consult, o prêmio para a soja em julho, com base em Paranaguá, é positivo em US$ 0,39 por bushel em relação ao contrato de Chicago, aumentando para US$ 0,45 por bushel em agosto.
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