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Agronegócio brasileiro registra nível recorde de contratações no primeiro trimestre
Setor apresenta crescimento de 3% em empregos, impulsionado por agrosserviços e agroindústrias
10/07/2024 07h20
Por: Carlos Freitas Fonte: Redação
Agronegócio brasileiro registra nível recorde de contratações no primeiro trimestre/Créditos de imagem Freepik

No primeiro trimestre deste ano, o agronegócio brasileiro registrou um ritmo de contratações mais acelerado que os demais setores do país, alcançando um nível recorde de empregados. Segundo uma pesquisa do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), foram contratadas 28,6 milhões de pessoas no setor, o maior número da série histórica iniciada em 2012. O número de contratados aumentou 3% (ou 827 mil pessoas) em comparação ao mesmo período de 2023, enquanto o mercado de trabalho total do Brasil cresceu 2,3% (ou 2,38 milhões de pessoas).

O segmento de agrosserviços liderou o crescimento de contratações no trimestre, com um aumento de 9,9% no número de trabalhadores (962 mil pessoas). As agroindústrias também apresentaram um crescimento significativo de 3,4% (149 mil pessoas), enquanto o segmento de insumos teve um aumento de 1,3% (3,9 mil pessoas).

Por outro lado, o segmento da agropecuária sofreu uma redução de 3,5% nas contratações (288 mil pessoas). As principais quedas ocorreram na sojicultura (11,3% ou 61,9 mil pessoas), cafeicultura (9% ou 51,1 mil pessoas), horticultura (5,8% ou 33,3 mil pessoas), fumicultura (14,5% ou 33,3 mil pessoas), bovinocultura (6% ou 118,4 mil pessoas), avicultura (7,5% ou 15,9 mil pessoas) e suinocultura (11,6% ou 11,4 mil pessoas).

Perfil dos Contratados no Agronegócio

Houve expansão nas contratações em todos os perfis de mão de obra no agronegócio. As contratações com carteira assinada aumentaram 6,4% (ou 583,8 mil pessoas), as contratações sem carteira assinada cresceram 6,8% (269 mil) e o número de trabalhadores por conta própria subiu 5,5% (56,5 mil).

Em termos de nível de instrução, houve um aumento de 11,9% nas contratações de profissionais com nível superior (503,7 mil pessoas) e de 5,2% para profissionais com ensino médio (551,4 mil). No entanto, houve uma queda de 1,1% (121,7 mil pessoas) nas contratações de pessoas com ensino fundamental e uma redução de 6,1% (106,8 mil) nas contratações de pessoas sem instrução.