19°C 28°C
Uberlândia, MG
Publicidade

Operação Dagon: fraudes fiscais no agronegócio em Goiás e na Bahia

A fraude resultou em uma movimentação de R$ 2,2 bilhões em notas fiscais eletrônicas frias

14/03/2024 às 10h43
Por: Ana Luzia Rodrigues
Compartilhe:
Operação Dagon / Imagem Gov
Operação Dagon / Imagem Gov

A Receita Federal deflagrou a terceira fase da Operação Dagon, com foco no combate à sonegação de Imposto de Renda por parte de produtores rurais pessoas físicas. As duas primeiras fases da operação foram realizadas no Rio Grande do Sul. A terceira fase expandiu as ações para o restante do país.

A ação concentra-se na região central do Brasil, especialmente nos estados de Goiás e Bahia, e visa desmantelar um esquema fraudulento que utiliza notas fiscais eletrônicas falsas emitidas por empresas "noteiras".

A fraude, detectada em 2019, envolve a abertura de empresas laranjas, a maioria localizada em Goiás, para emissão de notas fiscais eletrônicas frias de venda de insumos agrícolas. 

Essas notas são destinadas a produtores rurais e empresas do setor agropecuário, e resultou em uma movimentação de R$ 2,2 bilhões em notas fiscais eletrônicas frias no período de junho de 2019 a dezembro de 2022.

Estima-se que mais de R$ 550 milhões de Imposto de Renda Pessoa Física deixaram de ser recolhidos aos cofres públicos devido ao esquema fraudulento. Até o momento os procedimentos de fiscalização resultaram na constituição de R$ 375,4 milhões em crédito tributário, incluindo imposto, multa e juros.

A operação está em andamento, e novos procedimentos fiscais serão abertos para os contribuintes produtores rurais pessoas físicas que se beneficiaram das notas fiscais eletrônicas frias. 

Ressalta-se que a utilização dessas notas fiscais para reduzir indevidamente os valores devidos a título de Imposto de Renda constitui fraude, sujeita a penalidades, como multa majorada em 150% e representação fiscal ao Ministério Público para fins penais.

Referência ao Deus Dagon

A 3ª fase da Operação Dagon é a primeira ampliação da operação para o restante do país, após as duas primeiras fases terem sido realizadas no Estado do Rio Grande do Sul. 

O nome da operação faz referência a uma divindade da agricultura dos filisteus, que apresenta duas faces antagônicas, sendo adorada em um momento da história e tratada como demônio posteriormente.

Acusações de crimes fiscais e fraude

A Receita Federal já lançou R$ 375,4 milhões em créditos tributários, incluindo impostos, multas e juros a serem pagos. Além disso, novos procedimentos fiscais serão abertos para os contribuintes beneficiados pelas notas fiscais eletrônicas falsas.

Os produtores rurais investigados enfrentarão acusações de crimes fiscais e fraude. As penalidades incluem multas majoradas em 150% e representação fiscal ao Ministério Público para fins penais.

Os contribuintes sob procedimento de fiscalização que desejam regularizar seus débitos fiscais podem aderir ao Programa de Autorregularização Incentivada, que oferece condições especiais de pagamento, incluindo descontos de até 100% nos juros de mora. 

A adesão é feita online até 1º de abril através do Portal e-CAC, exigindo uma Conta GovBr com nível de confiabilidade Prata ou Ouro.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
Uberlândia, MG
22°
Tempo nublado

Mín. 19° Máx. 28°

22° Sensação
1.54km/h Vento
83% Umidade
100% (14.59mm) Chance de chuva
05h38 Nascer do sol
06h16 Pôr do sol
Ter 27° 19°
Qua 29° 19°
Qui 28° 21°
Sex 24° 20°
Sáb 26° 19°
Atualizado às 21h08
Publicidade
Economia
Dólar
R$ 5,69 +0,00%
Euro
R$ 6,19 +0,00%
Peso Argentino
R$ 0,01 +0,19%
Bitcoin
R$ 402,332,13 -2,53%
Ibovespa
130,499,26 pts -0.22%
Publicidade
Publicidade