Nesta terça-feira (19) é celebrado o Dia da Mulher Empreendedora. Atualmente, de acordo com pesquisa Sebrae sobre empreendedorismo feminino divulgado este ano, mais de 10 milhões de mulheres buscam a independência financeira no empreendendo. Muitas mulheres estão inseridas diretamente na agricultura familiar, utilizando a produção para sustentar a si mesmas e suas famílias.
O empoderamento das agricultoras é importante para o desenvolvimento da agricultura familiar, pois, só assim, elas podem produzir alimentos de qualidade e seguros. No âmbito da produção onde desempenham um papel importante, elas assumem papéis de liderança, protagonizando a luta pela igualdade e transformando espaços para novas gerações de mulheres.
A superintendente de Ações Afirmativas e Organização Social da SAF, Márcia Mendes, ressalta a importância de reconhecer o trabalho e a dedicação das agricultoras, enquanto empreendedoras que participam ativamente de ações e projetos que a SAF realiza.
“As mulheres que lidam com a terra e vivem em áreas rurais são agentes chaves de mobilização em torno das mudanças ambientais e sociais. A identificação do feminino com a terra, com a natureza, a sensibilidade e o cuidado com a sobrevivência das gerações futuras fazem da mulher agricultora peça fundamental da sustentabilidade e da nossa existência. Portanto, ser mulher, rural e empreendedora é mais que geração de renda, é o reconhecimento da sua função e do seu papel de produtora, provedora e dona do seu próprio empreendimento,” disse a gestora.
Muitas mulheres do campo sempre desenvolveram trabalhos para além das atividades domésticas e dos cuidados familiares, atuando também na produção, em empreendimentos rurais. Um exemplo de mulher empreendedora na agricultura familiar é Susana Maria Araújo, que participa ativamente do projeto Quitanda. Ela produz chás a partir de produtos da agricultura familiar e, a partir disso, consegue obter sua renda juntamente com a sua família dentro do seu empreendimento.
“Nosso trabalho com a agricultura familiar é o que move minha vida hoje, é a nossa principal fonte de renda. Desde de pequena tenho contato com muito próximo com as plantas, e hoje faço um trabalho dentro da ginecologia natural. A gente quer melhorar cada vez mais, trazer mais acessibilidade às pessoas, fazer com que as pessoas conheçam o potencial da agricultura familiar, dos produtos sem venenos, orgânicos, e futuramente queremos trazer os produtos agroflorestais que também tem um potencial, assim, enorme e que pode super estar beneficiando as pessoas”, citou a produtora.
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