Uma alta técnica pautou a valorização do trigo na bolsa de Chicago nesta segunda-feira (1/7). Os contratos com entrega para julho avançaram 2,85%, fechando a US$ 5,6925 por bushel. Luiz Pacheco, analista da T&F Consultoria Agroeconômica, atribuiu a alta principalmente a questões técnicas, já que "os fundos estavam muito vendidos na bolsa", apostando na queda das cotações futuras.
Além disso, Pacheco destacou que os dados mais recentes sobre a safra americana influenciaram o movimento de alta. Na sexta-feira, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) informou que a área plantada com trigo no país deve atingir 19,11 milhões de hectares no ciclo 2024/25, abaixo da expectativa do mercado de 19,25 milhões de hectares e dos 20 milhões de hectares da temporada passada. "O que manda para o mercado é o número de área, e como ele veio abaixo do ano passado, poderá direcionar os agentes no quesito de oferta", ressaltou Pacheco.
Para o médio e longo prazo, Pacheco espera alguma recuperação nos valores do trigo, especialmente após o fim do pico da safra no Hemisfério Norte. "Até meados de agosto ainda teremos muita disponibilidade de trigo. A escassez deverá ser sentida a partir de setembro, com o fim da colheita russa, e o congelamento dos rios na região no fim do ano", observou.
Soja e Milho
Os preços da soja e do milho também registraram alta na bolsa americana. No caso da soja, os contratos para julho subiram 0,78%, fechando a US$ 11,5950 por bushel. Para o milho, os contratos com o mesmo vencimento valorizaram-se 0,25%, atingindo US$ 3,9825 por bushel.
A alta da soja foi impulsionada por aspectos técnicos e pela elevação de mais de 4% do óleo de soja. Já o milho, apesar de fechar a sessão no campo positivo, operava em queda desde o início da tarde, pressionado pelo fraco resultado de demanda dos EUA. O saldo das exportações de milho atingiu 819,5 mil toneladas na semana encerrada em 27 de junho, comparado a 1,15 milhão de toneladas na semana anterior, conforme dados do USDA.
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