Antes da cúpula do Brics em outubro na Rússia, a ministra da Agricultura, Oksana Lut, anunciou o apoio do grupo à criação de uma bolsa de grãos. Esta iniciativa visa transformar o comércio agrícola ao permitir que compradores adquiram grãos diretamente dos produtores, fortalecendo os laços comerciais entre os países membros.
“Trabalharemos em conjunto com nossos colegas na criação e desenvolvimento dessa plataforma e na possibilidade de liquidações em moedas nacionais dos países do Brics”, afirmou Lut, ressaltando o compromisso com a integração econômica regional através de soluções financeiras inovadoras.
O grupo Brics, composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, detém uma significativa parcela da produção agrícola global. Segundo dados do centro de exportação russo Agroexport, o grupo administra mais de 30% das terras agrícolas mundiais, representa mais de 40% da produção mundial de cereais e carne, quase 40% dos produtos lácteos e mais de 50% da produção global de peixes e frutos do mar.
“No ano passado, a associação respondeu por mais de um terço das exportações russas de produtos agroindustriais, totalizando US$ 15 bilhões”, acrescentou Lut, destacando o impacto econômico significativo dos países do Brics no mercado global.
A bolsa de grãos proposta promete não apenas simplificar as transações entre produtores e compradores, mas também reforçar a cooperação econômica entre os países membros, oferecendo uma plataforma robusta para o comércio agrícola internacional baseada em moedas locais.
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